domingo, 29 de novembro de 2009

Danko, Dankemo.

Vai parecer triste mas não é. Eu sinto falta de uma religião nos melhores momentos da vida, não só nos piores. É nos ganhos, e não na perda, que eu mais queria ter fé.

Vou ser sincera. Quero que Deus exista, assim, com D maiúsculo. Quero que todas as coisas que o espiritismo diz que são, sejam mesmo. Quero que exista espítirito, colônia, energia, mentores. Quero que exista algo além da vida mundana e inexpressiva que vivemos. Quero que exista um objetivo no existir. Quero que exista "o além".

Quero que lá, no além, exista um cartório de registros. E que lá, no cartório de registro, conste no livro que eu agradeço profunda e sinceramente a noite maravilhosa que tive hoje. Conste também o amor e a gratidão indescritíveís que sinto pelo pai que tenho. Conste que quero ser feliz e realizada só pra que ele saiba e fique feliz com isso também. E que conste, para encarnações futuras, que eu não posso beber muito porque fico sentimental demais.

Sobrando espaço na folha minha sobre gratidão, quero também agradecer pelos meus gatos. É sorte demais ter um pai tão maravilhoso, a Mitsy tão, tão indescritível, o Morpheus tão carinhoso e a Agatha tão viva. É perfeito e eu agradeço, sem jamais abrir mão disso.

E existindo o além, parece posto que, sempre que se agradece, há que se pedir. Não deveria ser assim. No meu mundo perfeito, agradecer basta. E para mim basta. Mas, se há que se pedir, peço que eu sempre possa ver o necessário pra se manter tudo o que tenho. A única coisa que eu quero além é fazer algo pelo mundo. Fazer a minha parte. E se, por um acaso bizarro qualquer, a medicina não for o caminho, que algo ou alguém me possa desenhar qual é.

E se se pudesse pedir mais, eu gostaria de pedir o impossível. Pedir que meu pai nunca morra, que a Mitsy nunca me deixe sozinha. E que se isso não for possível, que partamos nós três no mesmo dia. Não sei como, não sei quando, mas que nenhum de nós venha a sentir a falta do outro.

Porque não seria algo possível de se aguentar.

Dankon Siñoro.


"Querido Deus,


Obrigada.

Seja Baco o arauto da minha gratidão, nem por isso menos sincera ela o é. Grata pelo bem que restou no mundo, grata por minha família, grata pelos meus gatinhos, grata pelos meus amigos. Obrigada, Deus, pelo meu pai que foi além da dor e da perda pelo meu futuro. Obrigada pelo futuro que hoje se torna presente, sem por isso extinguir-se em si. Obrigada pela vida. Perdão pelo desleixo e descaso com que deixo os dias se esvairem em rotina e mediocridade. Obrigada por tanto amar. Perdão por não amar mais. Grata por tanto amor. Perdão por não lembrar desse amor sempre. Perdão pela solidão e obrigada pela consciência.

Desejo sinceramente que o Senhor exista e que haja sentido e verdade quando eu digo: Obrigada, Senhor.

Um simples abraço,

Trinity Ohara"


(Porque São Francisco é foda!!!!)

"Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor,
Onde houver ofensa , que eu leve o perdão,
Onde houver discórdia, que eu leve a união,
Onde houver dúvida, que eu leve a fé,
Onde houver erro, que eu leve a verdade,
Onde houver desespero, que eu leve a esperança,
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria,
Onde houver trevas, que eu leve a luz.

Ó Mestre, fazei que eu procure mais
consolar que ser consolado;
compreender que ser compreendido,
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe
é perdoando que se é perdoado
e é morrendo que se nasce para a vida eterna..."
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