sábado, 22 de maio de 2010

Então eu penso que entendo Nietzsche...



Sabe, às vezes eu sou, às vezes eu posso ser, capaz de ser infinitamente pequena e mundana (no sentido mundo do termo).

Tipo hoje. É sábado. E eu tô aqui em casa, controlando a respiração pra não faltar o ar, me sentindo o ser mais fraco e patético do universo, tipo aqueles insetinhos verdes que morrem quando a gente tenta leva-los para um lugar seguro. Eu me sinto pequena.

E nessa pequenez, eu, quase sem motivo, fico vendo as fotos de uns amigos meus de muito, ou nem tanto, tempo atrás. As pessoas da minha idade casam, têm filhos, têm profissões em que se encontram, profissões que se lhe parecem bastar, viajam, namoram, seguem em frente como se a vida fizesse sentido assim mesmo. Algumas parecem capazes de coisas grandiosas como o de usarem o verbo querer ou sonhar no passado. Outras lutavam enquanto eu descansava e agora marcham em frente a bradar contentes que a luta nunca termina.

Eu faço cursinho pré-vestibular e perco algumas piadas atualizadas para a "próxima" geração.

Sinto-me a cigarra que, 11 verões depois, resolveu trabalhar para poder cantar no inverno. 11 verões, são tambem 11 invernos, 11 outonos, 11 primaveras.

E hoje, e só hoje, eu penso que eu só queria querer menos.

Um comentário:

  1. Não tenha tanta certeza do sucesso alheio... rs
    A sua vida é a sua vida e com certeza, o sucesso alheio não curtiu muita farra que vc curtiu e deve invejar isso tb...

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